/ como surgiu a foto

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ao passear pelas ruas intensas de nova iorque, esbarrei com esta vitrine em uma das esquinas movimentadas do soho  / era uma loja de cosméticos  / a face era de um pôster suspenso atrás da vitrine / até aí, apesar da beleza da imagem, nada surpreendente

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o que me brilhou os olhos foi: o reflexo no vidro de listras verticais, do tapume de uma obra à frente, que cortavam agressivamente o rosto de expressão delicada; a rua aparente do outro lado da esquina, revelando que o local da imagem é urbano; reflexo de um poster dentro da mesma loja, que ilustrava traços de batom, parecendo que o rosto tinha sido pintado

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versão 1/ apliquei saturação 0% na metade da imagem para destacar o mundo urbano visível pelo vidro da mesma vitrine, do outro lado da esquina / já na outra metade, as cores “originais” preservadas, sem nenhum retoque, ilustram a vibração da metrópole / o corte agressivo da imagem acompanha as listras verticais do reflexo e ilustra sensações da vida caótica urbana / apesar da agressividade do corte, a transição do preto-branco ao colorido é fluida como os elementos curvos e arredondados do lado direito da imagem

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versão 2/ minha paixão pela curiosidade que o pb - preto e branco - desperta de quais seriam as cores originais da foto e também porque, mesmo com a ausência do vermelho vibrante, o caos urbano e seus múltiplos elementos se preservam / tons de cinza com recorte em tom mais escuro intensifica ainda mais o movimento ilusório das listras verticais

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versão 3/  foto original sem retoques; manter esta versão pelos múltiplos elementos em um ‘nano recorte’ de nyc sintetizam quase de maneira integral a essência da metrópole norte americana

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